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domingo, 6 de novembro de 2011

Consciência Negra

O Brasil criou uma data especial com o objetivo de reflexionar sobre a consciência negra na sociedade atual. Anteriormente, essa data estava relacionada ao dia 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura. Mas desde a década de 60, passou a ser celebrada no dia 20 de novembro em referência à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
Um dia importante para o país, que pretende incentivar o debate sobre a igualdade. Alguns estados comemoram o feriado da Consicência Negra, mas não é um feriado nacional. Escolas e grupos promovem palestras, atividades educativas e desfiles para acabar com o preconceito, que possui raízes históricas.

Calendário

Dia da Consiência Negra 2012: terça-feira
Dia da Consiência Negra 2013: quarta-feira
Dia da Consiência Negra 2014: quinta-feira
Dia da Consiência Negra 2015: sexta-feira
Dia da Consiência Negra 2016: domingo
Dia da Consiência Negra 2017: segunda-feira
Dia da Consiência Negra 2018: terça-feira




A herança africana na língua portuguesa


   (Imagem: Shutterstock)

A língua portuguesa que conhecemos e falamos hoje no Brasil é uma mistura do português lusitano com as línguas indígenas e africanas. Vamos nos deter agora na herança africana, que, além de afetar nossa culinária, costumes e cultura, proporcionou-nos um extenso vocabulário e mudanças significativas na oralidade. Para isso, teremos que relembrar um pouco de História.

A escravidão no Brasil ocorreu desde o período colonial até o fim do império. Os escravos eram utilizados principalmente na agricultura e na mineração. A mão de obra africana inserida nas lavouras brasileiras era obtida mediante o tráfico de escravos vindos principalmente das colônias portuguesas na África. O tráfico de negros começou oficialmente em 1559, quando a metrópole portuguesa decidiu permitir no Brasil o ingresso de escravos oriundos da África. Eram mais valorizados, para os trabalhos na agricultura, os negros bantos, provenientes do sul da África, especialmente de Angola e Moçambique. Foram quase quatro séculos de contato direto e permanente de falantes africanos com a língua portuguesa no Brasil, e essa influência pode ser notada até os dias de hoje.

Antes mesmo de o tráfico negreiro começar no Brasil, ele já acontecia em Portugal. Portanto, algumas palavras africanas foram introduzidas pelos próprios portugueses, como é o caso da palavra inhame. Outras foram incorporadas pela língua portuguesa conservando a forma e significado originais, como: sambar, xingar, muamba, tanga, sunga, jiló, maxixe, candomblé, umbanda, berimbau, maracutaia, forró, capanga, banguela, cachaça, cachimbo, fubá, gogó, mocotó.

As palavras de origem africana que vieram enriquecer nosso vocabulário são relativas a divindades, conceitos, práticas religiosas, comidas, bebidas, nomes de lugares, roupas, danças, instrumentos musicais, animais, plantas, frutos, deformidades, doenças ou partes do corpo. São principalmente originárias do quimbundo, língua pertencente ao grupo banto. São palavras de origem banta: bagunça, banzé, batucar, beleléu, berimbau, biboca, bunda, cachaça, cachimbo, caçula, cafofo, cafuné, calango, camundongo, candomblé, canga, cangaço, capanga, capenga, carimbo, catinga, chimpanzé, cochilar, dendê, fungar, fuzuê, gangorra, jiló, macumba, mandinga, marimbondo, maxixe, minhoca, moleque, moqueca, mucama, quiabo, quilombo, senzala, sunga, tanga, titica, zabumba, entre outras.

Muitos autores afirmam que a maior contribuição deixada pelas línguas africanas não está no vocabulário, mas sim no modo de falar do brasileiro, ou seja, na oralidade. Exemplos disso são as simplificações e reduções das flexões: "eles já chegaro" (eles já chegaram), "eles gosta" (eles gostam). Além disso, como no banto e no ioruba as palavras nunca terminam em consoante, percebemos que há em nossa língua uma forte inclinação em omitir a última consoante ou transformá-la em vogal. É o caso de "brincá" (brincar), "festejá" (festejar) e "Brasiu" (Brasil), por exemplo. Como essas línguas também não têm encontro consonantal, há uma tendência de desfazer esse encontro e acrescentar uma nova sílaba, como em "fulô" (flor). Há ainda a deglutinação e a aglutinação de fonemas, como acontece com o "s" determinante, que se incorpora à vogal seguinte produzindo palavras como "zóios" (os olhos).

O Brasil é assim, possuidor de uma diversidade étnica fantástica proveniente da miscigenação entre colonos europeus e povos indígenas e africanos. A cultura brasileira apresenta fortes traços tanto da cultura indígena quanto da cultura africana. Desde a culinária até a língua portuguesa, é impossível não perceber a influência da cultura dos povos que foram escravizados no Brasil. É a nossa herança africana.

 

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